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Um homem chamado Jefté


Um homem chamado Jefté


Juízes 11 e 12 descrevem a história de Jefté. Jefté nasceu de um relacionamento pecaminoso. Seu pai era casado, porém se envolveu com uma prostituta da época. Tal prostituta que não poderia criá-lo. Jefté morara com a madrasta e com seus irmãos por parte de pai.  Ao passar dos anos foram surgindo implicâncias acerca da origem de Jefté e por ele morar com seu pai. A vida em família tornou-se tão insuportável que Jefté teve que sair de casa. Seus irmãos e sua madrasta o desprezaram e rejeitaram tanto, que ele fugiu para a cidade de Tobe.  Ali distante de todos Jefté chefiou e conviveu com homens levianos e foragidos.
Se fossemos delinear uma analogia entre Jefté e o homem que vive sem Deus. Seria assim: da mesma forma como Jefté afastou-se da sua família. O pecador afasta-se cada vez mais da família de Deus perdendo assim a sua herança espiritual. O pecado torna o homem afastado de Deus e sem comunhão com o seu Criador. Mas o bondoso Deus olhou para esse homem e viu nele potencial.
Passado algum tempo, os filhos de Amom guerrearam contra Israel. E ocorreu que os anciãos de Gileade foram buscar a Jefté na terra de Tobe para ser o chefe. Porém Jefté disse aos anciãos de Gileade: Porventura não me odiastes a mim, e não me expulsastes da casa de meu pai? Por que, pois, agora viestes a mim, quando estais em aperto? E Jefté ainda questionou mais uma vez dizendo: Se me levardes de volta para combater contra os filhos de Amom, e o Senhor nos fazer vencer, então eu serei o chefe? E responderam os anciãos de Gileade a Jefté: O Senhor será testemunha entre nós.
Ao olharmos atentamente para a vida de Jefté quando ele foi chamado para ser chefe do povo de Gileade, inclusive onde estava sua família. Percebemos que ele ainda tinha magoas. Afinal ele foi rejeitado por sua mãe, por seu pai, por sua madrasta e por seus irmãos. E além do mais ele foi acolhido por homens injustos, levianos etc. Mas Deus não o rejeitou!
Quando Deus olha para nós Ele não se importa com o nosso passado. Ele não se importa com o que as pessoas estão pensando ao nosso respeito. O passado não impede o trabalho de Deus nas nossas vidas. Deus está nos olhando assim como Ele olhou para Jefté. Ele vê o nosso interior, o nosso coração e os nossos anseios. Ele nos vê como um vaso de benção para abençoar vidas.
Após Jefté aceitar o pedido dos anciãos de Gileade ele foi com eles, e enviou mensageiros ao rei dos filhos de Amom. Mas sucedeu que os filhos de Amom não ouviram as palavras de Jefté o que levou a uma batalha. A Bíblia ainda nos revela que o Espírito de Deus se apossou de Jefté.  Ele passou a realizar proezas que jamais faria em si próprio. Até mesmo o seu rancor e ressentimento desapareceram após ser cheio do espírito de Deus.
Ao ver que iria para uma batalha com os amonitas. Jefté clamou pelo Senhor e lhe fez o voto de que se ele vencesse, ao voltar para sua casa aquilo que lhe saísse ao encontro, ele daria ao senhor em holocausto. Para a tristeza de Jefté, sua única filha lhe saiu ao encontro. Jefté rasgou suas vestes e contou tudo a sua filha. Ela agiu com obediência e aceitou o voto do pai. A filha de Jefté passou o período de dois meses no monte em forma de lamento, por não poder casar-se e ter filhos. As consequências da vida de Jefté também repercutiram na vida de sua filha.
Jefté é um exemplo de que não importa qual a linhagem familiar, a posição social. Deus olha para o coração enquanto o ser humano observa a aparência. E em Eclesiastes 5: 4 e 5 fica claro acerca dos votos que fazemos a Deus. "Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras."
É bem verdade que o Seu voto, foi um voto precipitado, impensado e insensato e lhe trouxe muita tristeza, mas Deus honrou a sua oração e o seu voto. Porque ele clamou ao Senhor com fé. Ao orarmos nós temos a certeza de que Deus ouve as nossas orações. A oração é o meio que temos para conversar com Deus.












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