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Consciência em Bonhoeffer


Para Bonhoeffer a primeira tarefa de uma Ética Cristã é mudar a orientação observada na ética, no sentido de ter como objetivo final a opção por refletir sobre a noção de bem e mal. Para ele um dos problemas que envolvem o discernimento ético, e, portanto, seu desenvolvimento, está no fato de que na desunião com Deus, o homem torna-se o centro do qual parte essa noção da escolha entre bem e mal. 
Toda decisão ética é uma situação de conflito. Ter Cristo como ponto de referência para uma Ética responsável, dá-se principalmente pelo fato de que Ele é o ser humano real e a vontade de Deus é que a ação ajude o próximo a ser um ser humano diante de Deus. Esse tipo de visão muda o foco de uma ética abstrata e remete para uma ética concreta.  
A consciência brota da alma, alma não tem nada a ver com espírito, a alma brota de uma instância da natureza, a minha alma é aquilo que significa a minha identidade, as minhas experiências acabam formando a minha alma e dando a minha identidade ai fico limpa em profundidade. 
A consciência transforma a minha vontade, ela vai além da minha racionalidade. Onde não vivo pela normalidade ela clama pela unidade que o homem perdeu quando quis ser Deus. Voltar para dentro de si, estar unido ao mundo não significa fazer as coisas do mundo, suicídio da consciência do homem é a hipoteca de Esaú, ele prefere o ter do que o ser, o encontro com Deus, a voz da consciência do Eu de justificar-se em Deus. 

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