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Vida pastoral e seus problemas


Não é o fim da religião quando se tem uma secularização que predomina. Religião, pois a mesma permanece através do mistério, ritos, de suas circulações simbólicas mesmo em atividades, grupos e projetos não explicitamente tidos como religiosos. A religião sofre um processo de metamorfose. A religião termina como instrumento que influi sobre os fundamentos do social, mas não como cultura.  Religião é coisa pessoal. A partir do momento em que o indivíduo racional e seletivo da Modernidade tem uma percepção crítica da própria crença, original sua ou de livre aderência e não pode ser julgada. 
O aumento do número e a variedade com que se configuram os novos movimentos religiosos implicam um declínio geral do compromisso religioso dos indivíduos para com qualquer sorte de definição ou credo, o que leva a ligações cada vez mais passageiras, reduzindo a religião a um item de consumo. Essas novas práticas religiosas continuam a não ter nenhuma consequência nas estruturas e instituições sociais e de poder na Modernidade. Vive-se numa sociedade de fragmentos, onde a religião não deixou de existir, mas se transformou. É lamentável que muitos pastores estejam exercendo o pastoreado voltado para a carreira profissional, sendo a igreja como uma empresa, e o pastor como um administrador de empresa, e desenvolvendo todo esquema de marketing para atrair mais membros, visando apenas quantidade para poder demonstrar nos relatório. 
Ter vocação pastoral é muito mais que apenas ser nomeado para o cargo, é ser obediente com amor, ter espiritualidade, vida de oração, compromisso com a verdade, com a Palavra de Deus e não se deixar envolver pelas bajulações e poder. O segredo está em uma submissão plena ao Senhor e resistência ao adversário mediante a fé, para que este fuja. Qualquer coisa que desejamos neste mundo é conquis­tada na dimensão da fé. O inimigo tem usado, durante todas as épocas, a dú­vida e a incredulidade como estratégias para desestabilizar o homem, debilitando sua fé. O campo de batalha onde mais Satanás trabalha é a mente humana, a qual está ligada à parte espiritual. A intenção do inimi­go é controlá-la, pois sabe que com isso consegue dominar todo o ser. Satanás procura chegar à mente do homem em momentos de maior sensibilidade espiritual. Foi assim que fez com Adão e Eva, conseguindo enganá-los e levá-los à ruína, bem como a de toda sua descendência. A paciência, a compreensão, a renúncia, o autocontrole, a oração e a comunhão são exercícios que devem ser praticados diariamente. 
É um trabalho feito com muito amor e que traz resultados certos. Uma família vivendo dentro dos princípios cristãos é o suporte para o desenvolvimento de um ministério sadio. Se as coisas em casa estiverem bem, o pastor resolverá com facilidade os problemas que certamente surgirão no seu ministério. Ser pastor é uma grande bênção concedida por Deus. O pastor é uma pessoa que tem um ideal, que tem uma missão, um chamado divino e que sente arder dentro de si o desejo de pastorear de maneira digna, honesta e fiel. Abre-se assim o campo para uma vida de fé amadurecida, onde a simples obrigação do compromisso eclesiástico assumido adquire consciência necessária no empenho para transformações. 





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